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Energia renovável e o impacto na economia brasileira

Energia renovável na indústria e o impacto do hidrogênio verde na economia brasileira

As fontes mais conhecidas de energia renovável são a força dos ventos, luz solar, água e biomassa.
Entretanto, implantar um sistema a partir destas fontes requer mais do que um simples projeto.

Isso porque a descarbonização até 2050 e o processo de eletrificação no Brasil podem provocar um crescimento líquido total de 3% no PIB, segundo estudo desenvolvido pela Deloitte para a Enel e analisado em matéria do Valor.

A Iberdrola, líder global de energia limpa, com mais de 170 anos de mercado, define o que é um PPA e informa que é essencial para quem precisa de garantias de sustentabilidade neste tipo de transformação:
“Um PPA (Power Purchase Agreement) é um acordo de compra e venda de energia limpa de longo prazo de um ativo específico e a um preço prefixado entre um desenvolvedor de energia renovável e um consumidor — em geral, empresas que necessitam de grandes quantidades de eletricidade — ou entre um desenvolvedor e um comercializador que revenderá a energia. Assinar um PPA consiste na venda de um projeto e de seus atributos ambientais (Garantias de Origem): é um compromisso que permite ao desenvolvedor renovável tomar uma decisão de investimento sob critérios de rentabilidade vs risco e/ou conseguir o financiamento necessário para executar o projeto.”
Assim como um projeto de marketing, um PPA é composto por critérios de valorização em sua maioria subjetivos, mas de grande impacto a médio prazo na indústria.
A partir dessa premissa é muito mais fácil entender porque a liderança energética pode mudar de fonte primária, haja vista os esforços nacionais e internacionais para criar usinas de hidrogênio verde.
O megaprojeto da maior usina de hidrogênio verde do mundo está localizado no noroeste da Arábia Saudita, porto de NEOM em Oxagon.
Caso não lhe seja familiar, a usina está na cidade idealizada pela empresa conduzida por Nadhmi al-Nasr, engenheiro experiente que construiu uma brilhante carreira na Saudi Aramco, a maior petrolífera do mundo.
A empresa parceira da NEOM na engenharia, aquisição e construção do projeto é a Air Products, liderada por Seifi Ghasemi, especialista em fontes avançadas para energia e composição de baterias.

A NEOM Green Hydrogen Company (NGHC) tem por objetivo criar um ecossistema industrial avançado e limpo.

Hidrogênio verde a partir de etanol produzido no Brasil

Shell, Raízen, Hytron, Toyota, USP e Senai assinaram um acordo de cooperação para a construção de equipamentos com foco na produção de hidrogênio (H2).
A vantagem é que a tecnologia pode ser instalada facilmente em postos de combustíveis convencionais, uma vez que a produção é feita a partir do etanol, o que não exigiria mudanças na infraestrutura de distribuição.
Ao fazer um novo paralelo entre marketing e ecossistemas de energia, implantar uma infraestrutura requer análise da cadeia logística envolvida na viabilidade de uso.
O abastecimento de carros elétricos, por exemplo, depende de infraestrutura ainda deficiente no Brasil.O custo de uma bateria pode ser o equivalente ao preço de aquisição de um veículo.
Além disso, a baixa autonomia e a quantidade de pontos de abastecimento necessários para viabilizar o aumento de carros em circulação com essa tecnologia estão longe de serem viáveis.
Ampliando essa análise para a energia necessária ao funcionamento de uma indústria, muitas fontes de energia renovável demandam investimentos financeiros que não serão absorvidos pelo faturamento da empresa a médio prazo, o que impacta negativamente nas decisões dos gestores.

Neoindrustrialização verde: o Ceará como protagonista no processo de exportação de energia renovável

O Hub de Hidrogênio Verde (H2V) do Pecém no Ceará está em um dos portos de maior potencial para energias renováveis, especialmente por conta da combinação entre energia eólica, solar e produção de hidrogênio verde.

O acordo assinado entre o governo do Ceará e os Países Baixos, com destaque para o Porto de Roterdã, principal porto da Europa, viabiliza a criação do Corredor de Hidrogênio Verde. A meta é exportar até um milhão de toneladas desse combustível para os países europeus até 2030.

Contudo, a economia brasileira não se baseia apenas em novas oportunidades, mas também na continuidade das transações comerciais de produtos exportados.
Nesse sentido, o Carbom Border Adjustment Mechanism (CBAM) é um imposto criado pela União Europeia para quantificar e precificar as emissões dos produtos importados pelos países membros.

Algumas commodities, como aço e ferro, alumínio e eletricidade, estão sujeitos a este mecanismo de “ajuste de fronteira”, como noticiou a EPBR.

Isso significa que exportadores com emissões elevadas ou sem condições de rastrear e declarar essas emissões podem perder os seus parceiros de negócios, o que impacta diretamente os empregos mantidos por esses segmentos industriais no Brasil.

A boa notícia é que o BNDES relançou o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima para financiar projetos, estudos e empreendimentos de geração e distribuição local de energia renovável, incluindo a conversão energética e o armazenamento dessa energia.

Energia renovável: fonte limpa e o fator ESG

A CTG Brasil, subsidiária da China Three Gorges Corporation, destaca-se globalmente como uma líder na geração de energia limpa. A empresa, com apenas uma década de existência, registrou um aumento significativo de 30,5% no lucro líquido em 2022.

Por outro lado, a EDP encerrou o ano de 2022 com um lucro líquido 52,7% menor em comparação com o registrado em 2021. Quando analisada semestralmente, essa queda chega a quase 71%.

A principal diferença na política ESG adotada pelas duas empresas está na matriz energética renovável: a CTG Brasil possui 70%, em comparação com os 60% da EDP. Embora outros fatores possam contribuir para a valorização de mercado de ambas as empresas, a CTG Brasil, mesmo sendo mais jovem e com capacidade de geração instalada menor, ostenta um valor de mercado superior.
Esses dados são reforçados a partir da análise das 10 maiores empresas em faturamento do Brasil: todas elas apostam em programas de energia renovável, sendo que os investimentos estão intimamente ligados ao fator ESG.

O que quase todos os investidores analisam antes de investirem?

Um estudo da EY que ouviu mais de 1.040 líderes financeiros seniores nas empresas e 320 investidores, apontou que 99% daqueles que investem, utilizam as divulgações ESG das empresas como parte de suas decisões de investimento.

O levantamento indicou ainda que 78% destes investidores acreditam que as empresas devem fazer investimentos que abordem questões ESG relevantes, mesmo que isso reduza lucros em curto prazo.
Além disso, um dos fatores que compõem o ESG é a tecnologia. Ela também é uma das palavras-chave fundamentais para ampliar o faturamento das indústrias.

Cidades da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, dão exemplos disso. A região lidera o país no crescimento da indústria de marketing. Entre 2017 e 2021 a indústria tecnológica da Carolina do Norte cresceu duas vezes mais do que a média nacional, causando um impacto significativo no mercado financeiro.

Ecossistema

Falta pouco para o termo “ecossistema” completar 100 anos e mesmo com tanto tempo de existência, as indústrias negligenciam tudo que está atrelado a ele: energia limpa, fator ESG, marketing e outros.

Os processos estão conectados de forma subjetiva aos lucros e a valorização das indústrias. Por isso, remodele o seu ecossistema para que você não seja a presa dentro do ambiente econômico em que atua.

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